sábado, novembro 27, 2010

Chico Alencar e Luiz Couto vão propor comissão para acompanhar violência no RJ

Chico Alencar e Luiz Couto querem tratar soluções para mitigar a violência que atinge o Estado.
“O problema não pode ser enfrentado pelo viés partidário, já que a barbárie atinge a todos, indiscriminadamente, e não tem viés político, propriamente”, afirma Chico Alencar. “Queremos colaborar com ações no âmbito federal e legislativo, a começar pela efetiva contenção do tráfico de armas e munições – também para as milícias – e pelas altas e pouco fiscalizadas movimentações financeiras do comércio delas e de drogas ilícitas”.

Leia o pronunciamento de Chico Alencar feito nesta quinta-feira 25, no plenário da Câmara dos Deputados.

Cabines da Polícia Militar metralhadas, automóveis e ônibus incendiados, assaltos em série, arrastões, tiroteios, criminosos armados em ações ostensivas nas ruas da região metropolitana do Rio de Janeiro. Facções do comércio armado de drogas ilícitas, supostamente unidas, estariam ‘dando um recado’ às autoridades de Segurança Pública. É preciso que a cidadania, tão vulnerável, também dê o seu. Para dizer que, mais do que ‘crime organizado’, o que há no Rio de Janeiro é uma política de segurança insuficiente e desorganizada – a despeito da inegável seriedade, franqueza e honestidade do secretário Beltrame e de algumas autoridades da atual cúpula da Segurança Pública do estado do Rio de Janeiro.
Destaco, como representante da população aflita do Rio:

1 – Todo apoio às recentes ações de fim do controle territorial de regiões pobres pelos bandidos. Mas sem políticas públicas plenas para as áreas e populações ditas ‘libertadas’ o potencial de degradação da vida continuará, ao invés da propalada ‘pacificação’;
2 – O ‘sacode’ do banditismo – sempre considerado ‘acuado’ pelas autoridades – só semeia pânico pelo fato de continuarem muito bem armados seus ‘ativistas’: sem desarmamento e corte das fontes desse abastecimento nada avançará. Não há registros de operações de apreensão de quantidades expressivas de armas e munições nas fronteiras do Brasil e do estado do Rio de Janeiro, na baía de Guanabara, em comboios do crime. O armamentismo das facções do varejo das drogas é alimentado pela cumplicidade ou omissão das polícias e também das Forças Armadas, no que lhes compete. Parte da força do tal ‘crime organizado’ vem das autoridades que deviam se empenhar em enfraquecê-lo;
3 – Os locais ‘perigosos’ onde ainda se esconde a bandidagem sempre foram mantidos na precariedade, no desvínculo social e cultural, e no armamentismo já mencionado, pelas autoridades que os manipulam como grandes currais de votos – quanto mais desassistidos, mais capturados ficam pela política de clientela, coniventes com o domínio espúrio das milícias ou do tráfico;
4 – Os envolvidos na onda de atentados e assaltos não compõem o pólo de uma “guerra civil”: não têm articulação política, projeto de poder nem de sociedade. No mundo da barbárie em que cresceram, toscos, só aprenderam a reagir com essa truculência bárbara e espasmódica, que não “acumula forças” nem “conquista posições”;
5 – Onde está a ‘inteligência policial’ que não previu – e, portanto, não inibiu – que chefes do varejo armado de drogas, expulsos pelas UPPs, iriam, naturalmente, se transferir para outras áreas e dali organizar reações à perda de seu domínio?
6 – Como aceitar que esse comando das ações de intimidação pelo crime se origine, absurdamente, em Catanduvas (PR), no presídio de SEGURANÇA MÁXIMA, de onde os principais chefes do tráfico do Rio de Janeiro estariam dando ordens para os ataques intimidatórios? A corrupção abre generosos – e letais! – espaços de comunicação! Isso também precisa ser urgentemente estancado.

Sala das Sessões, 25 de novembro de 2010
Chico Alencar
Deputado Federal, PSOL/RJ

sexta-feira, novembro 26, 2010

Novembro Vermelho

Finalmente o Brasil colhe os frutos de décadas de descaso por parte dos seus governantes. Em nome da segurança imediata, no intuito de causar boa impressão e demonstrar que medidas públicas estão sendo adotadas para garantir o bom andamento da Copa de 2014 e das Olimpíadas de 2016 o Governo do Rio de Janeiro e o Governo Federal não hesitaram em colocar as forças armadas mais uma vez nas favelas.

Hoje, dia 26 de novembro de 2010, nosso país tem mais um ato execrável para se orgulhar, pois dentro do pragmatismo cego de nossos políticos as medidas adotadas foram as mais coerentes, esquecem-se todos que as favelas são o fruto do abandono destes, da falta de políticas públicas desde a abolição da escravatura, da falta de um olhar mais apurado as necessidades dos seus moradores.

Não fazem a menor questão de se lembrarem que o negro pobre sem ter para onde ir acabou nos morros, subjugado por um sistema baseado no status social e na predileção racial pelo homem branco, faltou habitação, educação, emprego e, o principal, dignidade ao negro. Com o passar dos anos a favela deixou de ser habitação apenas do negro marginal, mas também se tornou o lar do branco pobre, do nordestino retirante que migrou para as capitais em busca de uma melhor qualidade de vida.

Não precisa ser um expert no assunto para prever que os fatos de hoje não tardariam em acontecer, pois todas as alternativas plausíveis nunca foram aplicadas, pelo contrário, caminhou-se com ardente paixão para uma precarização do ensino público, total desmazelo pelo SUS, ínfimo investimento em infra-estrutura e qualidade de vida, baixíssima geração de empregos. Agora o atual Governo age como um pit bull louco acreditando que exterminando os pequenos traficantes, levando o pânico aos moradores vai resolver esse problema, como se dominar as favelas fosse acabar com o abismo social que gera o crime organizado.

Do outro lado da TV os hipócritas de plantão aplaudem as atitudes tomadas, parafraseando os jornalistas sensacionalistas que dizem que bandido bom é bandido morto, esquecendo-se absolutamente que muitos desses “bandidos” nasceram principalmente da sociedade organizada, vítimas dos bandidos mor, os de colarinho branco, que mamam nas tetas do governo enchendo seus bolsos e matando muito mais gente ao não garantirem as necessidades básicas da população brasileira.

Ainda não se acabaram as celebrações do novembro negro, mas já podemos trocar o carinhoso nome desse mês para novembro vermelho, vergonhoso e esdrúxulo, ao invés de rojões, balas, ao invés de comemorar a vida, silêncio pelas mortes, ao invés de mudar a história do favelado, um drástico fim a ela. Que não nos enganemos, tudo isso não adianta. Enquanto o pobre continuar sendo tratado com descaso, essa medida paliativa e assassina apenas serve pra exterminar uma geração e permitir que uma nova venha com mais sede de sangue. Enfim, enquanto o Presidente Lula mostra ao mundo como trata o problema da falta de segurança o pobre sofre pelas mazelas desse e de outros presidentes desde a descoberta do Brasil.

Ass.: Gustavo de Paula Mineiro
Militante do PSOL Botucatu
Defensor do PNDH 3

quarta-feira, novembro 24, 2010

Não à Homofobia!

     Como praga, aparentemente sem controle, a homofobia tem se espalhado pelo Brasil. Apesar do movimento crescente da comunidade LGBTTS reivindicando a criminalização da homofobia vemos por parte do Governo Federal uma enorme morosidade em aprovar o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 122/2006.

     Esse descaso resultante de convicções individuais e religiosas por parte dos representantes da população tem sido um dos grandes entraves que proporcionam tamanha dificuldade em garantir os direitos de uma categoria que cada vez mais vem sendo marginalizada, será que os senhores Deputados e Senadores se esquecem que o estado é laico e que garantir a segurança e qualidade de vida a todos é um dever deles.

     Enquanto o Estado se faz omisso nesta questão pode-se notar em diversas atitudes os sinais do preconceito. Esse preconceito não é privilégio só de gangues neonazistas ou skinheads, essa postura tem sido adotada por estudantes universitários, inclusive da UNESP de Botucatu, como aceitar que pessoas que se dizem esclarecidas, capazes de discernir entre o certo e o errado sejam capazes de tal imbecilidade, se comportar como animais irracionais e agredirem moralmente e fisicamente outros colegas, isso mesmo, se não bastasse a agressão verbal alguns alunos e alunas foram submetidos a violência física, além da homofobia explícita as mulheres foram vítimas da pior forma de machismo, talvez os agressores dentro de sua burra razão tenham se esquecido que apesar da homofobia não ser crime a violência contra a mulher é e que a Lei Maria da Penha está aí pra punir os que se esquecem disso.

     Olhando com maior atenção pros fatos vê-se muito mais do que homofobia e machismo é possível notar uma total incompreensão do que são os Direitos Humanos. Sinceramente espero por parte das Congregações locais e C.O. algum posicionamento e o desenvolvimento de programas de combate as mais diversas formas de preconceito no Campus da Unesp Botucatu, que esse fato não seja colocado a parte sendo tratado apenas como uma "molecagem", que os responsáveis sejam devidamente punidos dentro do que é política da universidade, só assim poderei continuar acreditando que as universidades públicas geram cidadãos e não monstros.


Ass.: Gustavo de Paula Mineiro
Militante do PSOL Botucatu
Defensor do PNDH 3

Estudantes da UNESP são vítimas de homofobia por parte de outros estudantes.

Carta Aberta do Grupo Interações:

É só o começo!

     Após o ocorrido na festa do dia 16/11, manifestamos nosso repúdio aos atos homofóbicos de várias formas, uma delas foi levando uma mensagem do que esperamos da sociedade. Em outra festa, no dia 18/11, usamos plaquinhas penduradas no pescoço, cada uma com um dizer: Amor, Liberdade, Igualdade, Direitos Humanos, Respeito e Paz. Claro que a aceitação não foi total, pois fomos discriminados novamente, e questionados quanto à invasão do espaço dos demais presentes na festa (??!!), e chegamos a ouvir a seguinte declaração: “a palavra respeito não significa nada para mim” (!!).
     Para nossa surpresa, no dia 20/11, em outra festa, os mesmos agressores carregavam plaquinhas com os seguintes dizeres: “eu adoro cacete” e “eu preciso de um companheiro”. Mostrando que a homofobia está mais do que presente em nossa universidade, pois as plaquinhas possuem uma clara demonstração pejorativa a respeito da orientação homossexual (por exemplo, se as plaquinhas se referissem às mulheres, seria uma clara demonstração de machismo). E mostrando ainda, que nossa mensagem não foi propriamente entendida.
    A intenção não era provocar ninguém, portanto obter uma manifestação em “resposta” não era nosso objetivo. Sabemos que começamos um processo, e não uma guerra. A transformação não vai ser fácil, pois construir o conceito de respeito em alguém, não é algo tão simples, mas estaremos aqui, fazendo o possível pela igualdade entre tod@s! Mesmo que seja preciso escrever um relato por dia, não deixaremos nenhuma forma de discriminação passar despercebida, é hora de dar um basta a tudo isso!

Grupo Interações – UNESP Botucatu

“E se tudo isso que você acha nojento for exatamente o que chamam de amor?” Caio Fernando de Abreu

domingo, novembro 21, 2010

Bicicletada por uma Ciclovia, dia 24 de novembro de 2010.

     Na próxima quarta (24), os estudantes da Unesp organizarão a última Bicicletada de 2010.
     Com os recentes debates e a visita de um curitibano especialista em ciclovias, precisamos mostrar às autoridades que a população de Rubião Jr. e Botucatu necessitam uma ciclovia que liga o distrito à cidade.
     É importante a participação de estudantes, trabalhadores e moradores!

Informações:
Saída da rotatória do Inca
Horario: 7:30
Destino: Rubião Jr.

Quem for a pé será igualmente bem vindo!
Pedale essa idéia! 
 Histórico:

     Na quarta-feita, 22 de setembro, Dia Mundial Sem Carro, estudantes da Unesp realizaram uma bicicletada na Rodovia Antonio Butignoli, que liga a cidade de Botucatu ao distrito de Rubião Jr. Além de ciclistas, manifestantes a pé também compareceram ao ato. O convite foi encaminhado a toda comunidade acadëmica da Unesp.
     O ato contou com a participação de 25 estudantes e um professor do Instituto de Biociëncias e foi realizado em reinvidicação às más condições em que a rodovia se encontra e à falta de uma ciclovia, além de divulgar a bicicleta como um meio não poluente e saudável de transporte.
     Foi a segunda vez neste ano que os estudantes se manifestaram em relação à construção de uma ciclovia, mas ja reivindicam há mais de dez anos.
     Recentemente foi aprovado a liberação de verba pelo Governo Federal, mas a construção não tem prazo de inicio. O Governo Estadual ainda não se manifestou.O distrito de Rubião Jr. fica a mais de 4 km da cidade de Botucatu e o transporte publico é precario, por isso diariamente muitas pessoas trafegam perigosamente, tanto a pé quanto de bicicleta, pelos acostamentos da Rodovia Antonio Butignoli. Durante a bicicletada realizada no dia 22 de setembro (Dia Mundial Sem Carro), flagramos alguns desses casos.
     No fim do ano passado um "catador" foi atropelado quando voltava para Rubião durante a noite. Alguns dias antes um estudante do curso de Biologia foi atropelado quando voltava da Unesp, ficando gravemente ferido. Há conhecimento de outros casos, mas falta documentação.








sexta-feira, novembro 12, 2010

Maiakovski, Tiririca e os fascistas

Identidades, Racismo e Discrimação

Por Edinho Silva - 06.11.2010

"Na primeira noite, eles se aproximam e colhem uma flor de nosso jardim. E não dizemos nada. Na segunda noite, já não se escondem, pisam as flores, matam nosso cão. E não dizemos nada. Até que um dia, o mais frágil deles, entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a luz e, conhecendo nosso medo, arranca-nos a voz da garganta. E porque não dissemos nada, já não podemos dizer nada." Este poema é creditado ao poeta russo Maiakovski.
Aproximando Maiakovski das eleições presidenciais em 2010 no Brasil poderíamos pensar em algo do tipo: "No primeiro turno eles ocupavam os espaços dos comentários de artigos e notícias na internet e estavam ainda timidamente nas redes sociais com seu ranço de intolerância. E não dissemos nada. No segundo turno eles saíram dos bastidores dos comentários e avançaram sobre as redes sociais e ousaram ir às praças públicas com seu ódio e preconceito. E não dissemos nada. Após o segundo turno...".
Bem, após o segundo turno, felizmente, eles amargaram o gosto de uma derrota e se dedicam a destilar seu fascismo, agora de forma mais aberta e virulenta, como se o Brasil tivesse lhes dado o direito a exercitar publicamente sua fúria xenófoba. "Culpam" o nordeste pela derrota de Serra. Imaginem ganhando as eleições, o que fariam com sua arrogância triunfante?
No PSOL estive entre os dirigentes que, para o segundo turno, aprovaram a resolução de "Nenhum voto a Serra". Como já expus em outros textos, não se tratava de opção por alguma grande diferença programática entre os candidatos Serra e Dilma. Tratava-se, e hoje se confirma com letras garrafais, de visualizar quais forças sociais estavam por trás de cada candidatura e o que representavam estas forças.
Serra utilizou-se ou permitiu que uma nuvem fascista se instalasse nas hostes que apoiavam abertamente a sua candidatura. Forças anti-republicanas, de pensamento medieval, forças estranhas à nossa multiculturalidade, fundamentalistas, intolerantes. Forças que hoje estão mostrando sua face claramente criminosa inclusive, como a estudante de Direito Mayara Petruso, que convoca pelo twitter os seus pares a matar nordestinos por afogamento. Mayara é só a ponta do iceberg, que ganhou notoriedade por que a OAB está a enquadrando e processando.
Tenho certeza que figuras como Jarbas Vasconcelos, Raul Henry e Raul Jungmam, só para citar alguns, apoiadores de Serra aqui em Pernambuco, não compactuam de forma alguma com estas movimentações xenófobas. Acho inclusive que seria de bom tom que os políticos nordestinos que apoiaram Serra se diferenciassem neste momento, em defesa do nordeste e do povo nordestino.
Seria bom dizer aos signatários do "Movimento São Paulo para os Paulistas", por exemplo, setor organizado que discrimina o nordeste e os nordestinos, que não é o Sul/Sudeste que sustenta o nordeste, mas o contrário. No nordeste somos pelo menos 28,8% da população do Brasil, mas, contrariando a Constituição Federal, só recebemos cerca de 14% dos recursos do Orçamento Geral da União. Somos roubados!
Bom seria também dizer que as mercadorias produzidas em São Paulo e outros estados do sul/sudeste são consumidas em boa medida no nordeste e norte, mas os impostos são cobrados na origem e não no destino, portanto, somos financiadores da suposta riqueza do sul/sudeste. Para mim, outro roubo!
Seria bom dizer ainda que as duas maiores obras do governo Lula no nordeste, a Transposição do São Francisco e a Ferrovia Transnordestina, juntas, não chegam a R$ 10 Bilhões de investimentos, enquanto uma única obra entre São Paulo e Rio de Janeiro, o Trem Bala, nasce orçada em cerca de R$ 34 Bilhões. Quem está financiando quem nesta história toda?!
É chato que eu, do PSOL, tenha que dizer isto, mas este povo que destila tanto ódio precisa pegar uma calculadora e somar os votos do sudeste para ver que Serra perdeu nesta região, pois a derrota em Minas Gerais e Rio de Janeiro foi quase elástica. Vão querer matar por afogamento os mineiros e fluminenses também?
Juro que não ia entrar neste assunto, mas não consigo me conter. E o Tiririca? Foi eleito com o voto dos nordestinos também? Vão afogar 1,3 milhão de eleitores que votaram no Tiririca? E os quase 500 mil eleitores que votaram no Maluf, figura procurada pela Interpol e ficha-suja até a medula? Vão mandar afogar também?
Felizmente, pelas vias que se tinha em mãos, o povo brasileiro deu sua resposta a este sentimento menor e odioso. Agora, nós do PSOL vamos fazer oposição popular, parlamentar, de esquerda e republicana, com muita dignidade, ao governo Dilma. Com relação aos fascistas, aqueles que ainda não aprenderam a lidar com os direitos humanos e a convivência harmoniosa entre diferentes, espero que se enfiem, profundamente, nas grutas do submundo de seus pseudônimos e reuniões secretas.

Edilson Silva é presidente do PSOL-PE

sexta-feira, novembro 05, 2010

Ruralistas querem votação do Código Florestal. Bancada ambientalista organiza resistência

     A Frente Parlamentar da Agropecuária não perdeu tempo e, apenas três dias após o segundo turno das eleições, traçou estratégias para votar, ainda neste mês, o projeto que modifica o Código Florestal (PL 1876/99). A proposta foi aprovada por comissão especial em julho.
    Reunidos ontem (3) em um restaurante de Brasília, parlamentares ruralistas definiram que iriam conversar com as lideranças partidárias para que a proposta seja incluída na pauta do Plenário. Segundo o deputado Luís Carlos Heinze (PP-RS), o objetivo é aprovar, sem modificações, o texto do relator na comissão especial, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP).
    A depender da bancada ambientalista, no entanto, a proposta não será votada neste ano. “Vamos organizar a guerra de guerrilha”, comparou o deputado Ivan Valente (PSOL-SP), analisando o movimento de resistência que terá que ser construído. Ele e deputado Sarney Filho (PV-MA) lembram que tanto a presidente eleita, Dilma Rousseff, quanto o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), se comprometeram a não votar uma versão do Código que autorizasse novos desmatamentos ou anistiasse desmatadores.
     “Acho que essa votação neste ano está encerrada”, disse Sarney, coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista. O texto de Aldo Rebelo, segundo o deputado do PV, poderia ser mais um ponto na discussão, mas não o único.
     Defendido por ruralistas e criticado por ambientalistas, o relatório de Aldo Rebelo prevê, entre outros pontos polêmicos, que propriedades até quatro módulos fiscais não precisarão cumprir os percentuais mínimos de preservação. A proposta prevê, ainda, que as terras em uso até julho de 2008 serão reconhecidas e regularizadas.
     Na próxima semana, os líderes devem se reunir para definir a pauta do Plenário. Os trabalhos na Câmara estão trancados por dez medidas provisórias, que, por estarem com prazo de votação vencido, impedem a análise de outros projetos.
    “O Brasil acaba de firmar um compromisso internacional, na COP 10, no Japão, de ampliar a proteção à biodiversidade e reduzir as áreas desmatadas. Querer votar o projeto do Código Florestal como ele foi aprovado na Comissão Especial vai totalmente na contramão deste compromisso. Vamos resistir e nos preparar para mais esta batalha”, afirmou Ivan Valente


* Com informações da Agência Câmara

quinta-feira, novembro 04, 2010

Divulgada a lista dos melhores parlamentares de 2010

     A bancada do PSOL mostrou mais uma vez sua importância na Câmara dos Deputados. Entre os 5 melhores deputados do país, estão os três parlamentares do PSOL: Ivan Valente, Chico Alencar e Luciana Genro. O prêmio, concedido pelo site Congresso em Foco, será entregue no dia 22 de novembro, em Brasília. A disputa pelos votos dos internautas para premiar os melhores parlamentares acabou a meia noite desta segunda-feira (1º/11).

     O deputado Chico Alencar ficou em primeiro lugar. A disputa foi eletrizante nos momentos finais. Só foi decidida nos últimos votos. Até sexta-feira (29), a bancada do PSOL ocupava os três primeiros lugares. Porém, o deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR) conseguiu superar Luciana Genro e Ivan Valente. Em quinto lugar ficou a deputada Manuela D´Ávila (PCdoB-RS).

    O deputado Ivan Valente agradeceu os 2497 votos que recebeu dos internautas e o reconhecimento do seu trabalho demonstrado pelos jornalistas que cobrem o Congresso. Foi a quarta vez consecutiva que Ivan Valente ficou entre os finalistas do Prêmio. “Vamos honrar este apoio fazendo um mandato ainda melhor nos próximos quatro anos”, afirmou.

    O melhor senador brasileiro é Cristovam Buarque (PDT-DF), que repetiu o desempenho do ano passado. Ele recebeu a aprovação de 4.128 internautas. Depois dele, veio a senadora Marina Silva (PV-AC). Em terceiro lugar ficou Eduardo Suplicy (PT-SP).

Com informações do site Congresso em Foco.

terça-feira, novembro 02, 2010

Prosa

O Analfabeto Político


"O pior analfabeto é o analfabeto político.
Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos.
Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista, pilantra, o corrupto e lacaio dos exploradores do povo.”

Bertolt Brecht
Grupo de Estudo: Manifesto Comunista

Sábado dia 06 de Novembro as 15h00min
Rua João Passos, nº 919, Centro, Botucatu-SP

Reunião PSOL BOTUCATU:

Sábado dia 06 de Novembro as 16h00min
Rua João Passos, nº 919, Centro, Botucatu-SP