quinta-feira, setembro 29, 2011

REUNIÃO PSOL-BOTUCATU

Haverá reunião do núcleo PSOL-Botucatu no dia 05 de outubro de 2011 (quarta-feira), as 19:00 horas, na rua Cav. Mansueto Lunardi, 384, Vila Nova Botucatu (rua da escola CEVILLA). A reunião é aberta a todos os interessados, não sendo permitida a presença de pessoas filiadas a outros partidos políticos.
Informações: Maha: 8152.5865 (tim), Bilo: 9706.9146 (vivo) 

quinta-feira, setembro 22, 2011

REUNIÃO PSOL-BOTUCATU

A próxima reunião da executiva municipal do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL-Botucatu), ocorrerá no dia 28 de setembro de 2011, as 19:00 horas, na rua João Passos, 919, Centro, Botucatu-SP.
Contatos: 8152.5865 (tim) - Maha

sábado, setembro 03, 2011

Aprovado na Câmara, Pronatec beneficia a iniciativa privada e não dá acesso à educação de qualidade


O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) – Projeto de Lei 1209/2011 – foi aprovado na Câmara dos Deputados, com voto contrário do PSOL, que defendeu para a juventude brasileira o direito ao ensino técnico e profissionalizante público, gratuito e de qualidade.
De acordo com o deputado Ivan Valente, a proposta do Pronatec já começa errada ao ir contrariamente a uma das decisões da Conferência Nacional de Educação, que deliberou contra a transferência de recurso público para o setor privado. Bilhões de reais devem ser repassados, inclusive com abertura de linhas de crédito pelo BNDES, a entidades privadas, sem definição de critérios de repasse quanto à qualidade do ensino a ser oferecido.
Além disso, o projeto não esclarece de onde provirão os recursos para o custeio do programa – o que deixa claro que o Executivo pode passar por cima de normas de compatibilidade financeira, mas propostas do Legislativo acabam sendo barradas. Sob a justificativa de ampliar o acesso à educação profissional para jovens do ensino médio e para trabalhadores sem formação, o Pronatec mostra-se como uma proposta de privatização e mercantilização da educação.
Na opinião de Ivan Valente, o Pronatec é um ProUni. “Sobre esse projeto pesam os mesmos problemas que vimos na discussão do ProUni. Em nome da expansão do ensino superior público, abriu-se uma enorme brecha de isenções fiscais para escolas particulares que estavam inadimplentes. Ou seja, transferência de recurso público para o setor privado ao invés de expandirmos a rede de ensino superior público com qualidade, ensino, pesquisa e extensão. No PRONATEC, o raciocínio é semelhante, só que há mais questões envolvidas, porque, além da isenção fiscal, existem as bolsas pra serem concedidas”.
O PL 1209 ainda será debatido no Senado.

quinta-feira, setembro 01, 2011

25/08/2011 - 16:43 Privatizações avançam fortemente com a aprovação de projetos na Câmara


Após o Plenário da Câmara ter aprovado, na terça feira, a Medida Provisória 532, que avança na privatização dos Correios, comissões aprovaram dois projetos de lei que privatizam outros setores importantes: a previdência dos servidores públicos e o ensino técnico.
Nesta semana, três comissões (Constituição e Justiça; Educação; e Finanças e Tributação) aprovaram o Projeto de Lei 1.209/2011, que institui o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (PRONATEC). Este Programa prevê a destinação de recursos públicos para instituições privadas de Ensino Técnico, sem a garantia da qualidade deste ensino, como já ocorre hoje no ProUni. O artigo 8º do PL, por exemplo, prevê o repasse de recursos públicos para entidades privadas, enquanto o artigo 20 transforma oSistema S em integrante do sistema federal de ensino. Desta forma, poderão ser destinados recursos públicos a este sistema sem a necessidade de convênio, ou seja, sem controle.
Agora, o PL segue para votação no plenário e depois para o Senado.

Privatização da previdência dos servidores públicos
Enquanto isso, a Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público aprovou, por 13 votos a 7, o PL 1992/2007, que privatiza a previdência dos servidores públicos. Ainda resta a votação de destaques (propostas de alteração do texto) e a votação em outras comissões da Câmara e Senado.
Este PL completa a reforma da Previdência de Lula de 2003, que já previa a limitação da aposentadoria dos futuros servidores ao teto do INSS (atualmente de R$ 3.689,66), e que vem perdendo valor nas últimas décadas. Para receber mais, os servidores terão de contribuir para um fundo de pensão na modalidade “contribuição definida”, ou seja, onde se sabe o valor da contribuição, mas não o do benefício de aposentadoria, que dependerá do rendimento das aplicações de tal fundo no incerto mercado financeiro.
O PL ainda define, em seu artigo 15, que a gestão destas aplicações ficará a cargo de grandes instituições financeiras, principalmente os bancos privados, os verdadeiros beneficiados com a proposta.
Além disso, o governo pode induzir o conjunto dos atuais servidores a também aderir a esta nova modalidade de aposentadoria, por meio de instrumentos já praticados atualmente, como a quebra de paridade, ou seja, a não-extensão de reajustes aos servidores inativos e pensionistas, que mina a confiança dos servidores no atual sistema.
O governo e analistas neoliberais justificam o PL 1992 com argumentos altamente questionáveis, tais como um suposto “déficit” da previdência dos servidores, que estariam consumindo cada vez mais recursos. Porém, o gasto com inativos e pensionistas do setor público federal vem caindo, de 2,14% do PIB em 2002 para 1,99% do PIB em 2010.
Esta alegação de “déficit” não procede, dado que a garantia da previdência do servidor é obrigação do Estado. Além do mais, nas últimas décadas o setor público sofreu redução no número de servidores ativos, devido à insuficiência de concursos públicos. O número de servidores ativos do Poder Executivo em 2010 ainda era menor que 20 anos atrás, em 1991.
Caso este número tivesse ao menos acompanhado a evolução do PIB (Produto Interno Bruto) do período, tal alegado “déficit” não existiria, mesmo pela metodologia equivocada de se comparar contribuições com benefícios.