quarta-feira, julho 25, 2012

Greve Geral no ensino federal


A greve nos Institutos Federais de Ensino [IFE's] parou mais de 50 universidades e mais da metade dos Institutos Federais de Ensino Tecnológico [IFET's]. Destas, cerca de 40 universidades estão em estado de greve ou mobilização estudantil o que demonstra a insatisfação de docentes, técnicos e estudantes com a estrutura, falta de professores, RU's, bolsas precárias, carreira, entre tantos outros problemas do ensino federal.
A pauta transversal é contra o REUNI - aprovado por Lula-PT em 2007 e defendido pela UNE pelega - que realizou uma expansão no número de vagas que não foram acompanhadas no aumento de professores, técnicos, estrutura e assistência estudantil entre outros. Em 2007 os estudantes responderam com um surto de ocupações de reitorias, e hoje respondem com uma greve estudantil que já atinge mais de 40 das 59 universidades federais.
Ao cancelar pela segunda vez uma reunião de negociação (a primeira foi cancelada dia 28/05 e a segunda dia 19/06) com os sindicatos Sinasefe, Andes-SN, Fasubra e os governistas/pelegos do Proifes, o governo Dilma-PT acaba por inflamar ainda mais a greve, já que demonstra que não tem proposta a apresentar aos docentes e técnicos-administrativos, evidenciando que educação não é prioridade. A irresponsabilidade de cumprir os prazos acordados em reunião, como a apresentação conclusiva da proposta da carreira docente para o dia 31 de março (que já está em discussão desde 2010), foi o estopim para o início da greve docente, o que o governo chama de "precipitada".
Cabe aos professores, estudantes, servidores e terceirizados responder com a organização de comandos de greve por campi federalizando-se em um comando de greve nacional unificado com a participação destes setores e criar situações que imponham dificuldade ao Governo, como ocupações de ministério ou paralisações de órgãos essenciais Só assim teremos condições efetivas de exigir que as pautas sejam atendidas.

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