O que significa para nós, mulheres do PSOL, o dia 08 de Março?
O Dia Internacional da Mulher foi proposto pela feminista socialista Clara Zetkin, em 1910, no II Congresso Internacional de Mulheres Socialistas, como um dia de luta pelos direitos das mulheres trabalhadoras. A partir dos anos 70, no Brasil, o 08 de Março passa a ser associado ao incêndio na fábrica de tecidos Triangle Shirtwaist Company, ocorrido em Março de 1911, onde as portas encontravam-se fechadas durante o expediente, com a intenção de controlar as(os) trabalhadoras(es) e evitar o seu contato com as organizações trabalhistas em suas manifestações na porta da fábrica, Das(os) 600 trabalhadoras(es) empregadas(os) pela Triangle, 125 mulheres e 21 homens morreram durante a tragédia ocasionada pelas péssimas condições de segurança no trabalho, Em protesto, cerca de 100 mil pessoas acompanharam o funeral coletivo exigindo melhores condições de trabalho.
Para as militantes feministas do PSOL o dia 08 de Março não se propõe em ser uma data comemorativa, ao contrário, a data nos convida ocupar a cidade com nossa garra, vozes e bandeiras para firmar esse marco político em defesa de uma sociedade igualitária, livre de opressões e preconceitos. Não podemos nos calar frente a violência contra as mulheres, ao tráfico sexual que move o mercado financeiro internacional, à divisão sexual do trabalho que impõe as mulheres os piores empregos e salários, ao machismo, à criminalização das mulheres que recorrem ao aborto, à violência que as mulheres lésbicas sofrem em seu cotidiano pela sua orientação sexual. Por isso, em nome da luta das mulheres chamamos todas as companheiras da frente de esquerda e dos movimentos sociais para engrossar nossas fileiras e gritar em defesa dos nossos direitos e lembrar daquelas que perderam suas vidas na luta. É por liberdade que as mulheres lutaram, é por liberdade que lutamos a cada dia. Liberdade de ser a mulher que quisermos ser, a mulher que tem filhos ou não, a mulher que decide fazer um aborto ou não, a mulher que desfruta de sua sexualidade sem as amarras da heterossexualidade obrigatória, e, acima de tudo, a mulher que, de maneira alguma, pode sofrer qualquer tipo de violência. É por todas as mulheres que dedicaram e perderam suas vidas que seguimos nossa luta, hoje e sempre.
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